quinta-feira, 19 de março de 2009

Sessão 18-03

Atenção.
O meu corpo precisa de atenção, e amor, e carinho. O meu corpo precisa de atenção.
O meu corpo precisa de fruição e desejo.
O meu corpo fala e eu quero ouvir.
O meu corpo sou eu e não o posso destruir.
O meu corpo ama-me. O meu corpo quer-me.

Eu aceito o momento.
Eu aceito o desvio.
NÃO HÁ RESPOSTAS CERTAS.

E se o meu corpo encontra beleza quando se rende?

esvoaçar.

o meu corpo rendeu-se ao playground. brincou, jogou, mas não se fez corpo. o meu corpo não se ouviu silêncio, não se fez todo, não Existiu. brinquei com o meu corpo.

se o meu corpo se render voa, queima-se e cresce.

se o meu corpo se render parte-se em dois pela linha mediana do peito. racha-se a cabeça, separam-se as coxas.

se o meu corpo se render perde o peso. brilha. é pó de estrelas...

o meu corpo rege-se por princípios a conhecer.

os pés respiram.

Notas da conversa final com o Joclécio:
- consentimento
- sedução!
- respeito!
- intrusão
- perceber onde o outro está

2 comentários:

  1. Sessão-Manifesto do "Derivas"

    A capacidade transformadora da arte e a possibilidade desta "comprometer a nossa humanidade, tornar-nos menos capazes de seguir o nosso caminho como se nada fosse" torna necessário que a experiência da arte possa representar uma opção, uma possibilidade de escolha.

    A experiência artística deve ser integrada no quotidiano, fazer parte da vida e não à parte dela, e representar uma possibilidade de eleição para todos. "Isto porque sobre o reino da realidade se abre o reino da possibilidade."

    "Derivas", a partir do conceito de deriva do Situacionismo (anos 1950) como um percurso ininterrupto e indefinido na topografia da cidade.

    A propósito de partilhas...
    "Nenhum bem há cuja posse não partilhada dê satisfação."
    "É preciso ser-se um dador, ser-se um pouco louco, é preciso estar-se nu e não se ter vergonha da nudez."

    A propósito de conversas...
    A conversa "é a actividade social mais lúdica e produtiva entre duas pessoas e a primeira etapa de uma actividade cultural regular, como se fosse uma segunda respiração."

    A propósito de afectos...
    "Não é de um milagre que precisamos mas do toque de uma pessoa viva."

    "Sou mais eu quando sou tu."

    Tropeçar também ajuda a caminhar.

    Nelson Leirner pergunta "Você tem fome de quê?"

    ACABARAM-SE OS ESPECIALISTAS.

    (Primeira sessão dos encontros "Derivas" - Vila do Conde, 20 de Março de 2009 - Magda Henriques, A Circular Associação Cultural)

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    Notas

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