Eles
Antenas ligadas com carinho. Duelo amoroso.
Espreito, quase encontro, mas caio. Relaxo e isso faz-me rir.
Finjo que morro ao ver a morte do outro nesta brincadeira sem fim. Afinal não morreu, persegue-me.
Volto a ligar as antenas. Acelero, acelero, acelero. Aceleras comigo.
Solto o meu lado feminino. Espero por ti, mas assusto-me quando te vejo.
Que engraçado! Repouso em ti sem que me segures.
Aceno, não sei bem a quem. Grito silenciosamente a tua ajuda. Tu foges, eu fujo, ele segue-me.
(Agora reparo que foi a primeira vez que, na escrita automática de uma observação, escrevi na 1ª pessoa, como se fosse eu a viver a experiência do outro. Torna-se interessante se se pensar no processo dessa sessão. Funcionou.)
Elas (nós)
Vivemos. Agora estamos contentes, agora tristes.
A minha tristeza é a tua tristeza e a minha alegria é a tua alegria.
És ainda mais bela do que aquilo que aparentas ser, sabes?
Quando me envolvo esqueço-me, por isso às vezes apenas observo.
Somos um nos nossos cânticos e danças.
Obrigada por estares aqui e seres como eu.
A Beleza em mim festeja a Beleza em ti.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
As meninas eram tão queridas.A Isabel deu-me as meias dela. Ela queria vestir-me, mas eu não tinha frio.
ResponderEliminarCoisa almodovariana que eu me sentia hoje. Coisa pinabauschiana do filme Hable com ella. Eu quis dizer "soy una chica moderna". Eu cantei Amor y vida. E Luna LLena.
Às vezes saltam-nos tigres de dentro. Nós pensamos que os domesticamos, mas é mentira. Eles são mais fortes.
A gente influencia-se uns aos outros. Somos ecos uns dos outros. Nós queremos estar atentos a ver o que falta uns aos outros. É por isso que esta palavra "amor" me vem tantas vezes à cabeça.
Receptividade. Reação. Vulnerabilidade. Ponto zero.
A beleza que eu reconheço em ti faz-me explodir, edifica-me, dá-me vontade de rir, dilacera-me, enche-me de perdão. Não me mates. Tens o meu coração na tua mão. Fugiu-me, não fui eu que to ofereci.