domingo, 26 de dezembro de 2010

Viajar no meu mundo na tua presença

viajante: teresa s
testemunhas: teresa p ,i francisca

... as tuas mãos entrelaçadas ... as tuas mãos entrelaçadas ... tocam-me enquanto te olho.
viajam por detrás da tua cabeça e repousam depois sobre ela, uns braços cachecois.

Eu faço parte do triângulo mas, esta história é sobre ti.
Testemunho a tua serenidade, olhas para os outros que cá (ainda) não estão, repousas neles (no público) volta e meia e integra-los.

A tua mão viaja até ao meu pé sem o tocar. Eu estou de pé e tu olhas-me nos olhos, um olhar TRANSPARENTE.
Sorrimos, pois não há outra coisa a fazer quando nos olham assim.

Uma mão aberta e um punho, transportam-te para o espaço.
......esmagar......... romper.....

Diz-me teresa, como é que descrevo o intraduzível do que estou a ver?
Como é se repete esta viagem?


viajante: teresa p
testemunhas: teresa s , i francisca

Um mundo do avesso. Pernas para trás, o meu corpo precisa, está frio aqui, quero ficar aqui, já começou, quero desenrolar devagarinho.
Deito-me depois a respirar. Toco a parede do envelope com a minha mão, tento perceber o seu limite.
As mãos ofereço-as a elas, a mim, acima, atiro-as para trás das costas.
Vou para longe, abro os braços, rodo, rodo e paro de braços abertos para perceber onde estou e como é cada lugar. Fico de braçoa abertos como se fosse uma estátua, uma ode ao desejo de expansão, fico nesse equilibrio em meia ponta mas estou forte. Forte no equilibrio e forte no desejo.
De seguida, deito-me e descanso, percebo que o meu corpo está cansado e respeito isso.
Volto para a frente e de braços em V, pelo chão dou-lhes de novo as minhas mãos e elas vêm recebê-las andando até ao pé de mim.
Levanto-me e com o meu andar, desenho infinitos envolvendo as duas, continuo e o meu corpo faz com que o espaço entre nós diminua, até nios tornarmos as 3 nesse infinito que gira sobre si e entre si.

Viajante: i francisca
Testemunhas: Teresas

Escolhemos um lugar aos sol, precisamos de luz e de calor. O calor inspira-te e abraça-te. O sol desenha uma esquadria no chão através da janela e transforma os teus cabelos, dando-lhes um brilho sauave e doce.
Toda tu é suave e doce, mas aqui confiante por partilhares connosco, sem medo nenhum, sem qualquer tipo de altivez.
Recuperavas algo, sim o que eu vi aqui foi uma partilha de uma recordação, de um estado muito teu que tu precisavas de resgatar.
E tinhas razão, esse estado trouxe-te de volta, à força da doçura e da suavidade.
Despes te e eu arrepio-me, está tanto frio aqui. Vais tirando as camadas para te sentires melhor.
Abres te no chão e depois para o espaço com uma energia de braços e tronco rodas, balouças e suspendes.
E voltas ao sol e atreves te a tirar mais camadas e, semi nua aproximas te de nós e deixas me sentir o toque da tua pele e o teu cheiro e, deitas te no colo dela e, os teus pés dão-se às minhas mãos. E, eu sinto-te de novo em casa. E, pronta!

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