quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
1ª Viagem, a três
(estou entre as minhas iguais)
Modivas 1º dezembro, quintal da teresa s.
é tão facil regressar a casa. Ela está em todo o lado, oferece-se a todo o instante com a sua enorme generosidade. Apercebo-me que sinto a sua falta pois só a encontro verdadeiramente, ou mais prolongadamente, quando me dou a este exercício de serenidade e contemplação.
E então acontece, sem esforço nenhum, um grito ou uma gargalhada silenciosa, brota do centro do meu peito numa espiral de expansão, identificando-se com o sol e com a luz.
E torna-se claro, que não é preciso nada, nem ser, nem fazer, nem ter pois na realidade já se é, já se etá a fazer e a ter tudo aquilo de que se precisa.
Reconhecer isto com todos os poros, com todas as células e partículas do ser é reconhecer a Beleza e identificar-se com ela.
A beleza é o alimento da alma e é também a comunhão de todas as almas num júbilo de existir.
E revela-se na luz, na cor, na harmonia da sobreposição da matéria,na transparência, no processo natural, no quase, na eminência, na potência, na serenidade, na mistura harmoniosa do contraste, no todo, na igualdade da diferença, no que a seu tempo se revela, na surpresa no detalhe, na sugestão de uma oásis, no suporte ou na sustentação, no novo e no velho que se sustentam mutuamente, na diferença da semelhança, no acaso, na sugestão de um outro imaginário na realidade visivel, no contraste da verticalidade com a horizontalidade, na revelação do processo da vida, na renovação, do novo a nascer do velho e do velho a abraçar o novo, na individualidade que se integra no todo, no que se vê através, no movimento de convergência e divergência, no círculo, no que principa e acaba...
...é, uma voz que fala comigo quando sereno...
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