quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Procurar B no sentir e vestir a pele do outro

Incorporar a energia da outra que faz despoletar coisas em mim

Teresa S.
Um som que nasce no peito e quer sair. Dou voz ao movimento e o movimento à voz. É a forma que encontro de dar ao espaço com o qual estou em relação, e que vai para além destas paredes. Elas juntam-se e a voz chega mais longe, acrescentam novas cores e imagens. Terminamos no silêncio de um olhar.

Teresa P.
O feminino, mostrar a pele a brincar. É absurdo, e faz-me sorrir a imagem desta mulher criança. Começo também a despir, e neste despir tapam-se os olhos. Vagueio despreocupada sem ver nada para além dos pés, sentindo a música no corpo. Brinco com a roupa enquanto elas constroem algo que termina no aparecimento de uma escultura elegante e em equilíbrio.

Isabel F.
Alguém que está e que observa o tempo a passar, como se todos os segundos tivessem a mesma importância. Troca de posição constantemente não porque está cansada mas porque quer experimentar o seu corpo noutra posição, outra perspectiva. Junto-me a ela e a imagem duplica-se. Juntam-se os panos que vão moldando, escondendo, cativando o olhar de quem observa a cenas e as diferentes imagens que a cena sugere.

Procurar B no detalhe (a preto, branco e pele)







Sinto e visto a 'pele' do outro - solos - propostas

Teresa Santos:

Pés presos ao chão. Mãos e braços presos. O coração fala. Somos seres femininos.


Teresa Prima:

Camadas de pele antes da epiderme que são retiradas ocasionalmene. Aos poucos a pele branca e rosada aparece. Entranha-se nas peles... sente-se os cheiros... sente-se as temperaturas e quando dás por ti, mudaste.


Isabel Francisca:

No meu espaço sou observadora.

O meu percurso é visto movimento a movimento.

O tempo passa, companhia surge e novas camadas aparecem

Sinto e visto a 'pele' do outro.

Encontro da profundidade. Coreografia surge. No movimento do outro encontra-se o impulso. Massa de corpos encaixados. União. Cumplicidade. Escuta.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mapa B

domingo, 26 de dezembro de 2010

Viajar no meu mundo na tua presença

viajante: teresa s
testemunhas: teresa p ,i francisca

... as tuas mãos entrelaçadas ... as tuas mãos entrelaçadas ... tocam-me enquanto te olho.
viajam por detrás da tua cabeça e repousam depois sobre ela, uns braços cachecois.

Eu faço parte do triângulo mas, esta história é sobre ti.
Testemunho a tua serenidade, olhas para os outros que cá (ainda) não estão, repousas neles (no público) volta e meia e integra-los.

A tua mão viaja até ao meu pé sem o tocar. Eu estou de pé e tu olhas-me nos olhos, um olhar TRANSPARENTE.
Sorrimos, pois não há outra coisa a fazer quando nos olham assim.

Uma mão aberta e um punho, transportam-te para o espaço.
......esmagar......... romper.....

Diz-me teresa, como é que descrevo o intraduzível do que estou a ver?
Como é se repete esta viagem?


viajante: teresa p
testemunhas: teresa s , i francisca

Um mundo do avesso. Pernas para trás, o meu corpo precisa, está frio aqui, quero ficar aqui, já começou, quero desenrolar devagarinho.
Deito-me depois a respirar. Toco a parede do envelope com a minha mão, tento perceber o seu limite.
As mãos ofereço-as a elas, a mim, acima, atiro-as para trás das costas.
Vou para longe, abro os braços, rodo, rodo e paro de braços abertos para perceber onde estou e como é cada lugar. Fico de braçoa abertos como se fosse uma estátua, uma ode ao desejo de expansão, fico nesse equilibrio em meia ponta mas estou forte. Forte no equilibrio e forte no desejo.
De seguida, deito-me e descanso, percebo que o meu corpo está cansado e respeito isso.
Volto para a frente e de braços em V, pelo chão dou-lhes de novo as minhas mãos e elas vêm recebê-las andando até ao pé de mim.
Levanto-me e com o meu andar, desenho infinitos envolvendo as duas, continuo e o meu corpo faz com que o espaço entre nós diminua, até nios tornarmos as 3 nesse infinito que gira sobre si e entre si.

Viajante: i francisca
Testemunhas: Teresas

Escolhemos um lugar aos sol, precisamos de luz e de calor. O calor inspira-te e abraça-te. O sol desenha uma esquadria no chão através da janela e transforma os teus cabelos, dando-lhes um brilho sauave e doce.
Toda tu é suave e doce, mas aqui confiante por partilhares connosco, sem medo nenhum, sem qualquer tipo de altivez.
Recuperavas algo, sim o que eu vi aqui foi uma partilha de uma recordação, de um estado muito teu que tu precisavas de resgatar.
E tinhas razão, esse estado trouxe-te de volta, à força da doçura e da suavidade.
Despes te e eu arrepio-me, está tanto frio aqui. Vais tirando as camadas para te sentires melhor.
Abres te no chão e depois para o espaço com uma energia de braços e tronco rodas, balouças e suspendes.
E voltas ao sol e atreves te a tirar mais camadas e, semi nua aproximas te de nós e deixas me sentir o toque da tua pele e o teu cheiro e, deitas te no colo dela e, os teus pés dão-se às minhas mãos. E, eu sinto-te de novo em casa. E, pronta!

... de interseção

O outro como ... de interseção da minha viagem.
enquanto ... de partida ... ou que dá um .... de partida.

o outro como facilitador.

quando é que as nossas viagens são paralelas?
quando é que abandono a minha viagem para ir na tua?

viajar no meu mundo na presença do outro: exercício de confiança, de amor, de generosidade/dádiva.

Descobertas B, num estado de relação com o outro

1.
Estar comigo mesmo quando estou contigo.
Quando não estás ao pé de mim, não me sinto só ou à parte.
Estar comigo também é estar contigo.

2.
Direito a estar comigo, na tua presença.
Fazê-lo como algo de bom, saudável.
Necessidade de estar comigo, na tua presença.

3. ès
uma testemunha
do meu estado de relação comigo própria.

4.
Ao estares lá,
sustentas-me.
E permites-me,
estar onde eu tenho de estar.

5.Estar
sem interferir,
com a tua
presença.

Mapa B

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

PROCURAR BELEZA NO NOSSO MUNDO (ESTOU AQUI PARA TE APOIAR/SUSTENTAR)

Teresa Santos:

As mãos carregam energia sua e do mundo. Elas levam-na. Ela deixa-se ir.

Tocar, dar, transferir, olhar, voar, dobrar, esticar, entrelaçar.

Um todo, movido pela energia universal.

Larga-se e encontra-se. Guarda-se e sustenta-se. Atira-se e protege-se.

As suas mãos são leves.


Teresa Prima:

De si, sai. No espaço enconra espaço. Este é o seu mundo. Oferece-se em estrela e rende-se ao que faz parte de si.

No caminho encontra-nos. Sorri. Percorre infinitamente um caminho entre nós.

A cada passo o vento vai movendo-nos. Aos poucos estamos juntas... somos leves e estamos suspensas em rodopios. Que nem uma folha de papel solo no ar.

O movimento continua e nós conseguimos ver-nos.

Estamos juntas.


Isabel Francisca:

No meu lugar, (sei que pertenço ao sol)... Percebo que não estou só. Danço entre a luz e a sombra. Liberto-me das capas que tenho... Tiro peso de cima de mim. Sinto-me mais leve. Sinto-me aberta para o meu mundo.

Hoje encontrei Beleza no meu mundo, percebendo que enho que me libertar do que pesa e entregar-me à Luz.

Tiro a minha roupa. Desejo sentir os raios de sol na minha pele. Desejo que o branco reflicta. Desejo oferecer esse toque quente ás minhas companheiras. Desejo adormecer leve, ao sol, deiada ao pé delas...

Sentir-me acompanhada... Sentir-me com Deus.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Procurar a beleza no meu mundo

Teresa S.
A vibração que sinto dentro começa a manifestar-se no corpo, primeiro com gestos que me fazem lembrar movimentos inquietos, até começar a concentrar a atenção nas mãos. Procuro nelas e esta vibração que antes se manifestava no corpo todo começa a manifestar-se nos ombros fazendo-os tremer. Encontro uma posição em que as minhas mãos encaixam. Encontro beleza e não as quero soltar. Observo-me através delas, como se se tratassem de um espelho. Deixo que me surpreendam quando as deixo deslizar até soltar, e vejo como a mão vai directamente até à minha face e volto a encontrar beleza. Há partes do meu corpo que estão fechadas e outras vão-se abrindo. Sinto a presença delas e quero que se vejam também através das minhas mãos. É o que tenho para lhes oferecer. Uma mão descansa na coxa e todo o corpo repousa nela, enquanto a outra viaja o mais longe possível de mim tentando aumentar o meu mundo, a mão expande-se e torna-se mais receptiva, como a antena desta procura. Apercebo-me de uma mão que se fecha e outra que se abre e movo-me em volta delas. Abro-a no final e voltam ao seu encaixe perfeito, como um molde.

Teresa P.
Vai-se revelando aos poucos. Começa numa posição fechada, cai e vêm-se as costas numa posição mais aberta e a mão na cabeça, vira-se para cima e vêm-se traços da cara até tirar o carapuço. Continua à procura nesta posição acocorada, redonda, no chão. Numa vez estende os braços em direcção aos meus pés e sinto que as suas mãos e os meus pés comunicam. Começa a desenhar no espaço, a reconhecer espaços que já lá estavam, são movimentos redondos e o seu corpo está completamente entregue a estes mundos que cria dentro do seu mundo. É aqui que se levanta e nos círculos que dá ora para um lado ora para o outro com os braços abertos, cria círculos. Fica em equilíbrio quase como se estes círculos no espaço a equilibrassem. O olhar fixo em algo leva-a para o chão. Caminha com cada uma das mãos apontando na direcção de cada uma de nós. Volto a sentir o contacto que é reforçado quando olha para nós. Levanta-se, rodeia-nos até entrar-mos as três numa espiral que cresce e que termina naturalmente à medida que diminui a intensidade.

Isabel
Começa estabelecendo contacto visual connosco, deixa-se deslizar até se sentar de lado e reparo na posição abandonada da mão, há aí algo de belo. Volta a olhar-nos agora noutra posição com outra perspectiva. Continua a deslizar nas pernas, viajando pelo chão, o peito vai-se abrindo e os braços estendem-se, como se procurassem mais longe. Vai-se desfazendo das camadas que a protegem ficando cada vez mais frágil. É quando tira as meias que se levanta e os braços estendidos a levam a descobrir mundos e movimentos novos. Há uma espécie de rebound nos braços, como se ganhasse energia para continuar e ao mesmo tempo recordassem o que acabaram de experimentar. Senta-se de costas ficando o corpo na sombra e os pés iluminados. À medida que se movimenta, outras partes do corpo ficam iluminadas. Com braços frágeis vem ter connosco para dar e receber de nós e de si.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Agir do coração, dar e receber

Procuro abrir-me para aquilo que já é, que já está e que já somos, e agir a partir daí. Apercebo-me que tudo se torna fácil e sinto a humanidade ao escutar e ser escutada. Podemos agir do coração em tudo o que fazemos.

Procurar beleza na relação com o outro

Quando descanso da minha vontade é quando me sinto realmente conectada com a essência do que quer que seja. Reconheço o silêncio que sempre esteve lá. Permito descobrir-me através do outro, através do fluir dos nossos momentos de intersecção. A viagem decorre serena e tenho consciência da presença em mim condutora da existência, e do outro como um eu que a testemunha e reconforta.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Procuro Beleza através da minha relação com o outro e num estado de relação

Procurei na nossa relação espacial, procurei na procura da outra, procurei... e apenas encontrei quando parei... quando escutei...


Encontro o espaço de observação. A forma como o faço, é me dada pelo que me chega dessa observação.

Quero estar deitada de lado com a cabeça apoiada nas minha mãos, ou com a cabeça ao contrário... As linhas e os pontos regulares tornam-se irregulares... da situação crio as minhas imagens...

Percebo que ocupo um mesmo espaço como observadora. Também faço parte do quadro.

Deparo que danço a 'dança da observadora'. A musica trouxe-me este elemento.

Aos poucos apercebo-me que estou mais perto das minhas... Não sei se fui ter com elas ou se elas vieram ter comigo... Encontramo-nos...

Continuo a observa-las... Não preciso de mais...

Vejo-me pelo meu coração

'Vejo-me pelo coração!, Vejo-me pelo coração' digo a mim própria. O som ressoa no meu corpo silênciosamente.


Sinto o oxigénio a entrar... os pulmões movem-se... pela respiração encontro a abertura que precisava... a cada momento sinto-me mais fresca.


Observo as minhas e sorrio... quero dar-lhes um olhar doce...


A cada inspiração sinto-me mais forte e livre... reuno energia e armazeno-a até sentir-me plena (que saudades já tinha)


Quando me entrego ao espaço, Danço.

Cada vez mais sei que só consigo dançar quando estou neste estado -Estado de Beleza.

O corpo não me oferece resistência... Sinto-me leve... Estou mesmo feliz...


Quando abro os olhos tenho as minhas a cuidar de mim... Sinto-me grata.


Eu procuro a Beleza atraves da minha relação comigo

Olho para dentro de mim e encontro a vontade de respirar e de permanecer.

Gosto da vibração que o toque me trás. Move-me.

Fecho os olhos e o espaço desapareçe.

Só estou eu.

O poder abrir e fechar-me.

Abrir-me para o céu, para a terra e o ar que respiro e fechar-me numa bolinha onde estou quentinha e protegida.

Quando procuro Beleza na relação comigo encontro as pausas, o toque, o abrir e fechar...

Conseguir apreciar com todos os sentidos algo que está a acontecer comigo e aqui

O corpo vibra. Sabe-me bem friccioná-lo lentamente .

Deixo-me envolver por essa sensação de 'ir'. Com o meu ritmo.

Observo as Teresas e consigo saber o que elas sentem com a cabeça apoiada nas mãos...

Quando me levo a apreciar o 'aqui' e o 'eu', o tempo desaparece. As memórias idem.

Estou no presente.

Vivo o toque em mim, nos outros, dos outros em mim e de mim nos outros.

Existe ligação.

O sentido da visão deixa de ser importante, e deixo-me confiar no que o instinto me diz.

Rimo-nos, olhamo-nos... Existe amor!

Brincamos. Fazemos trapalhiçes...

O corpo pára e damo-nos conta que estamos a conversar sobre nós!

Conversamos no mesmo espaço a ver as mesmas coisas...

Estamos conectadas.

Lá vem a música... Lá vamos nós...

Não somos pessoas sérias :)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Procurar B através de um estado de relação comigo

Gostaria de ir dentro, mesmo muito dentro e ficar frente a frente com os meus verdadeiros olhos.
Procuro emergir nesse estado de silêncio, onde o único som que ressoa é a minha própria respiração. A respiração é o canal que devo utilizar para realizar esta viagem.
Sinto vontade de me revirar. Gostaria de mergulhar para dentro do meu próprio corpo, para dentro da barriga, para dentro do peito, para dentro. Descanso da procura colocando o olhar em alguma coisa, do lado de fora, no espaço. O exterior amacia o meu olhar e relembra-me que estou aqui e que todas essas viagens dentro, são para trazer para fora, exactamente o quê? quando encontrar, eu digo.

As minhas mãos ligam coisas, ligam-se uma à outra numa espiral infinita............................. .............

Objectos B

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Procura da beleza na relação comigo

Soa um apelo interior. Um apelo à beleza, ao seu reconhecimento e manifestação. Preciso de tempo para mim. Os gestos são normais mas há algo mais que os transforma, transformando o normal em simplicidade e beleza. Eu vou abrindo-me. Apetece escutar-me e escutar a elas que me observam. A cabeça tem o desejo de brincar e eu sigo-o, deixo-a ir e vou com ela. Todo o meu corpo se entrega e as sensações intensificam-se à medida que aumenta esta entrega. Paro a tremer e dou-me carinho. Cruzo as mão e levo-as ao peito, apoio a cabeça, toco o cabelo e continuo a abrir o peito. O meu corpo ainda treme, talvez por sentir a presença da beleza.

Conseguir apreciar com todos os sentidos algo que está a acontecer comigo e aqui

Observo os diferentes tons de luz da sala. Aperto as mãos. Não existo só em mim. As brincadeiras fazem-me rir e o movimento e a relação nascem espontâneos. Viajo através das histórias e cantigas de embalar. Nesta posição descontraída não as vejo, apenas sinto que estão.Crio espaços na minha 2ª pele. Faço perguntas e quase nunca respondo. Sinto-me a absorver as suas respostas. Esta música dá vontade de dançar e correr num abraço sabe tão bem. O tempo voou.

3ª lista b:
Brincadeira
Espontâneo
Ligação
Sem tempo
Acção
Prazer
Sentir
Reconhecer/criar espaços

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Encontro B nestes objectos quando:

apelam ao toque. Á descoberta.
apelam à relação.
há harmonia na sua forma.
um objecto material poduz outro imaterial, exp. O som.
é simples na sua forma, concepção, material.
Éé organico.
revela criatividade/imaginação.
é manual, sofreu intervenção humana.
revela algo sobre o autor.
tem detalhes.
me interpela e estabelece uma relação directa comigo, exp.através das palavras, som...
eu vejo de ti neles, quando encontro as tuas impressões digitais, as visiveis e as invisiveis.
o objecto que serviu de molde ao teu corpo se torna de seguida do meu.
Me transmite noções ou sensações como: verdade, transparência, genuinidade, sinceridade, amabilidade.
me desafia, me inquieta, interpela com amabilidade, sem imposição.
faz imergir em mim sensações de inocência, suavidade. Quando aviva a minha memória ligada ao período de infância.
é puro, total. Um estado bruto.
é natural ou está ligado á natureza.
tem força, concentrado, intensidade.
me provoca sensações de: amor, pureza,bem estar, reencontro, paz, grandiosidade interna, leveza, proteção.
transmitem “magia”.
no movimento, e por vezes na leveza deste, ou na força deste.
evidenciam a relação luz/cor/brilho.
a ideia que o objecto em si transmite é nobre.
tem equilibrio.
são pouco rebuscados.
uma coisa (um elemento) foi transformada noutra, exp. cana/flauta.
cria imagens em mim, ou alimenta o meu imaginário (exp. atraves da palavra, do som).
tem harmonia na combinação de materiais diversos.
me desperta os sentidos (exp.através dos materiais, formas, padrões).
me transmite um caracter único.
a sua função é poética (exp. folhas de carta).
transmitem harmonia no contraste (exp. de materiais, padrões) ou estes convivem “alegremente”.
me inspira, me eleva ou provoca uma sensação de profundidade. Me reconfortam, apaziguam ou transmitem esperança.
me abraçam.
me fazem estabelecer ligações.

E então eu:

sorrio, respiro fundo, ligo-me, associo, deslumbro-me, sinto-me bem.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Lista B, pela observação dos objectos:

Sinto o momento da sua construção

Contemplo

Vejo um mistério

Reconheço o amor

Reconheço a dádiva

Respeito

Cheiro e sinto as suas memórias

É belo, deixo-o estar tal como está

Sinto-o no corpo e faz-me sorrir e dançar

Encontro personalidade na dança duma bola de sabão

Os nossos olhos cruzam-se, e em silêncio das-me um sorriso, um olhar de tranquilidade e paz e uma palavra: "Consigo sentir-te"

Perco a noção de tempo.


"Estou suspensa num planeta lindo em tons de verde, amarelo e vermelho."


2ª lista b

Objectos b

O que sinto? O que provocam em mim?
Tristeza, identificação, compaixão e união.
Transformo-me na pessoa que usa o objecto, tenho imagens de como é estar aí e de sentir o que ela sente.
Concentro-me no centro cardíaco.
Respeito carinho e admiração que me fazem tocar no objecto como se se tratasse do tesouro mais precioso.
Desperta-me candura como um desenho de uma criança.
Flutuo.
Apetece-me dançar num abraço.
Arrepio.
Sorrio.
Vontade de mergulhar, de ir mais fundo.
Surpresa.
Conforto.
Relaxo.
Calor.
Protecção.
Recordo uma emoção.

Que características os tornam, belos?
Descrição pormenorizada de uma situação que provoca uma emoção.
Palavras de união.
Fragilidade.
Convergência e expansão a partir de um ponto.
Simplicidade.
Cor.
Cheiro que imagino.
Os toques suaves que dão as bolas de sabão entre si sem rebentarem, e o silêncio do momento em que rebentam e deixam de existir sob a mesma forma.
Forma de olho com uma cor profunda como o mar.
Expressão de um sorriso.

Observação do processo da Teresa e da Isabel
Elas dão atenção ao objecto e de alguma forma o objecto parece retribuir.
Ouço a procura da beleza. É uma verdadeira procura do som belo, pois há que compreender o ponto certo onde soprar, se não não passa de um bocado de ar a passar por um pedaço de madeira.
A Teresa fecha os olhos, talvez para procurar melhor a beleza do som.
A Isabel senta-se nos calcanhares com o vestido em cima das pernas.

À procura da beleza nos sonhos 1: as luzes na praia


Estamos as três na praia e está uma noite agradável. Ensaiamos enquanto outras pessoas brincam à nossa volta. Sem avisar, umas luzes magníficas aparecem no céu e, depois da minha incredibilidade me gerar um pensamento que afirma serem apenas luzes fantásticas de um fogo de artifício, a Teresa começa a contar-nos que se trata de um fenómeno que acontece algures num ponto longínquo do universo e que é muito raro. Pela sua expressão parece-me que o pressentira, e por isso nos conduzira aí. Não há palavras para descrever a beleza deste momento que partilhamos.

1ª lista b

1 de Dezembro de 2010

Presença
Vida/morte
Conforto
Equilíbrio
Transparência
Espaço vazio
Três
Luz/sombra
Pertença
Benção
Surpresa

domingo, 5 de dezembro de 2010

?


Que nome dariam a esta imagem?

1 de Dezembro de 2010


Realização da presença

Foi quando subimos a um monte de areia que senti as três presentes em unidade. Cada uma vai na sua procura, deixo-me influenciar pelas suas procuras e tenho curiosidade em saber o que as atrai. Observo em meu redor, aqui a presença da vida é muito forte. Uma infinidade de seres habitam este espaço e respiram connosco.

Em busca de equilíbrio

Quatro esteios ao alto sugerem-me um espaço de abrigo aberto ao mundo. Subo a este telhado invisível buscando um equilíbrio que nada tem que ver com a necessidade de sentir-me estável. É uma zona de desconforto em que me sinto confortável, como em qualquer abrigo digno deste nome. Gosto de estar no alto e registo a minha nova perspectiva da Teresa e de mim.

Percepção de um novo mundo

Ver a realidade através do reflexo de um vidro remete-me para o fantástico e o oculto que se manifesta. Como se um novo mundo sempre estivesse estado aí à espera que alguém o fosse procurar e pousar lá o seu olhar para este se manifestar. Este espelho em particular revela-me um mundo com contornos transparentes, que nem por isso deixam de ser reais.

Realização da necessidade de preencher um espaço vazio

Espreito para dentro de uma toca escura e vazia. Sinto um vazio também em mim e começo a enchê-la de folhas, com a esperança e a intenção de preencher também o vazio e os espaços desfragmentados em mim, e assim, ser completa.

Trio: Vídeo 1 from Teresa Santos

Co-existência da vida e da morte

Imagens contrastantes de vida e morte predominam na (nossa) natureza. O que representam as imagens de vida? E as da morte? O que sinto perante a morte de algo que já foi belo? Poderá também residir aí a beleza, em algo que foi e já não é? A vida é feita de processos de transformação.






Observação do número 3

3 bugalhos rolantes, 3 objectos que servindo para o mesmo objectivo e sendo até parecidos estão em estados diferentes, 3 troncos velhos e cansados que repousam.

Contraste luz e sombra

Como o Sol e as árvores fazem ao chão desta floresta, há sítios e pessoas que também têm o dom de fazer com que me salte à superfície a minha sombra e a minha luz. Sem consciência da minha sombra, nunca poderia trazê-la à luz. Por isso, obrigada.

Sensação de pertença

Encontro um sítio onde sinto mais forte que pertenço. Sinto que este é o momento certo, o tempo e o espaço certos para mim, e confio que aqueles à minha volta estão também a viver os seus momentos certos. Tudo no universo se encaixa e é-nos devolvido o poder de viver completamente.

Bênção

O sol e o tom verde que se estendem à nossa frente iluminam uma potencialidade infinita de caminhos. Sinto que abençoa esta caminhada que escolhemos fazer juntas em descoberta de nós.

A minha viagem ao país das cores, formas e texturas



























Que aven
tura... Mundos descobertos, seres estranhos, conversas sem sentido...
Uma verdadeira Alice.

As árvores que se abriam para o céu e que quando lá chegavam abriam-se em flores e folhas bailarinas. Cobriam-me... eram os meus chapéus e mantos...
As solitárias e pequenas árvores que eram mais altas que o verde que nascia da terra vermelha,
amarela castanha e húmida.
Teresas, um espelho
de mim... Eu, mais eu, e mais eu... três eu´s...
O espaço desorganizado com organização. Pela mão do Homem e pela mão da Natureza. O Homem desconhece a ordem da Natureza...

O que é isto? Carros
? Mar? Vento...? hum.... não importa.... é o meu som de embalo.
O pinheiro penteado mas que o vento não o deixa assim por muito tempo.

Existem portas... quero abri-las.... E abro-as no meu pensamento... Sinto a corrente de ar a passar pela minha pele
de galinha.
Os cogumelos! Uma quantidade deles e com personalidade... Bom os amigos que fiz!

O cogumelo guarda-chuva: tirei-lhe uma fatia
sem querer... por momentos fiquei muito triste, mas depois senti o doce, macio, humido e esponjoso que ele era... maravilhoso.
O cogumelinho: Era tão pequeno... e tinha uns pés ainda mais pequenos

O cogumelo casa

A familia cogumelo

O cogumelo flôr

O cogumelo parafuso

O cogumelo perdido

E o grande cogumelo!
!! Incrivel... que nem uma flôr do deserto...
A luz que se fez sentir! As sombras... a luz na pele... a contraluz... pés presos a eese lugar porque ali estava quente!

O 'lá' e o 'cá'.

Os botões perfumados.

A folha lago.

As gotas de agua cristal.
A flôr candeeiro que
iluminava o local escondido e escuro de onde estava.
As árvores neve, que contrastavam com os castanhos, verdes, vermelhos.

A folha borboleta deitada no chão macio de relva verde.

A mangueira camaleão... Escondida nas folhas da mesma côr.

A incrivel folha modelo que cai mal a fotografo.

E a folha amarela suspensa na arvore neve.


Encontro uma planicie verde... Já sonhei com isto! Lembro de lhe chamar 'a minha floresta'

Estou acompanhada pelas Teresas... Estamos em linha a olhar em frente... Vamos começar!!!


Olho para os meus sapatos e estão ligeiramente
sujos... É uma consequência da viagem!
E que bom que é!

sábado, 4 de dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

1ª Viagem, a três






(estou entre as minhas iguais)

Modivas 1º dezembro, quintal da teresa s.

é tão facil regressar a casa. Ela está em todo o lado, oferece-se a todo o instante com a sua enorme generosidade. Apercebo-me que sinto a sua falta pois só a encontro verdadeiramente, ou mais prolongadamente, quando me dou a este exercício de serenidade e contemplação.
E então acontece, sem esforço nenhum, um grito ou uma gargalhada silenciosa, brota do centro do meu peito numa espiral de expansão, identificando-se com o sol e com a luz.
E torna-se claro, que não é preciso nada, nem ser, nem fazer, nem ter pois na realidade já se é, já se etá a fazer e a ter tudo aquilo de que se precisa.
Reconhecer isto com todos os poros, com todas as células e partículas do ser é reconhecer a Beleza e identificar-se com ela.
A beleza é o alimento da alma e é também a comunhão de todas as almas num júbilo de existir.
E revela-se na luz, na cor, na harmonia da sobreposição da matéria,na transparência, no processo natural, no quase, na eminência, na potência, na serenidade, na mistura harmoniosa do contraste, no todo, na igualdade da diferença, no que a seu tempo se revela, na surpresa no detalhe, na sugestão de uma oásis, no suporte ou na sustentação, no novo e no velho que se sustentam mutuamente, na diferença da semelhança, no acaso, na sugestão de um outro imaginário na realidade visivel, no contraste da verticalidade com a horizontalidade, na revelação do processo da vida, na renovação, do novo a nascer do velho e do velho a abraçar o novo, na individualidade que se integra no todo, no que se vê através, no movimento de convergência e divergência, no círculo, no que principa e acaba...

...é, uma voz que fala comigo quando sereno...