T- Eu deixei há uns tempos para cá de separar a Teresa nos seus diversos planos. E se eu estou a mudar a minha vida também estou a mudar o meu trabalho artístico. As coisas estão ligadas e influenciam-se por isso sim, eu quero tornar-me melhor pessoa e melhor artista portanto quero desenvolver todas as estratégias possíveis para o poder fazer e vou-o fazendo com os outros também. Tentando olhar as coisas com olhos mais inocentes e aceitando que não tenho de saber tudo.
Jo – Para haver uma mudança é preciso haver uma necessidade por parte de cada um, não nos vale muito ser salvador, não conseguimos chegar aos outro se o outro não estiver disponível. Percebo que com a estratégia dos ateliers, das conversas, deste tipo de relação, tu estás também a tocar no que é que uma pessoa pode/quer mudar, até onde está disponível? Não é possível obrigar o outro à mudança.
T- Sim com os ateliers tem sido mesmo isso, tu dás este espelho da beleza e ás vezes as pessoas conseguem perceber o que de facto não está no seu lugar.
P- Tu para ajudares os outros a fazer essa transformação, tiveram vocês próprias de passar por esse processo interior.
A- Pois porque se calhar temos de encontrar a B dentro de nós.
T- Sim, para tu poderes chegar ao outro e reconhecer e chegares a ele com delicadeza e respeito. Tu só com um pequeno sopro podes mudar algo no outro ou com um olhar em silêncio. (...) Interessa-me muito saber quem sou, mas na sua totalidade do ser e vejo a beleza como essa possibilidade de me resgatar e me levar a uma essência qualquer, e essa essência faz me ir para dentro de mim e conhecer zonas mais recônditas mas não é para ficar lá dentro é para emergir para o exterior e conseguir reconhecer isso em tudo o que em rodeia. Portanto um projecto torna-se b quando este processo começa a ter lugar. Eu acredito que este “algo” está dentro de nós e quando este começa a ser reacordado as mesmas coisas ganham uma nova cor mas o que aconteceu foi termos ganho outra consciência e forma de contacto contigo e começas a reconhecer coisas que de facto sempre estiveram lá…
P- E tu olha-las de m ângulo diferente.
T- Sim, com amor. E ligas- te a algo que não é só visível materialmente.
A- Pois ligaste-te a algo que te transcende, o amor ou energia. Nós tentamos encontrar isso e nós para depois imprimir nas pequenas coisas, pois se já o apercebemos e gostamos é isso que queremos transmitir e facilitar também o processo no outro.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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