quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Procurar B no sentir e vestir a pele do outro
Sinto e visto a 'pele' do outro - solos - propostas
Teresa Santos:
Pés presos ao chão. Mãos e braços presos. O coração fala. Somos seres femininos.
Teresa Prima:
Camadas de pele antes da epiderme que são retiradas ocasionalmene. Aos poucos a pele branca e rosada aparece. Entranha-se nas peles... sente-se os cheiros... sente-se as temperaturas e quando dás por ti, mudaste.
Isabel Francisca:
No meu espaço sou observadora.
O meu percurso é visto movimento a movimento.
O tempo passa, companhia surge e novas camadas aparecem
Sinto e visto a 'pele' do outro.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
Viajar no meu mundo na tua presença
testemunhas: teresa p ,i francisca
... as tuas mãos entrelaçadas ... as tuas mãos entrelaçadas ... tocam-me enquanto te olho.
viajam por detrás da tua cabeça e repousam depois sobre ela, uns braços cachecois.
Eu faço parte do triângulo mas, esta história é sobre ti.
Testemunho a tua serenidade, olhas para os outros que cá (ainda) não estão, repousas neles (no público) volta e meia e integra-los.
A tua mão viaja até ao meu pé sem o tocar. Eu estou de pé e tu olhas-me nos olhos, um olhar TRANSPARENTE.
Sorrimos, pois não há outra coisa a fazer quando nos olham assim.
Uma mão aberta e um punho, transportam-te para o espaço.
......esmagar......... romper.....
Diz-me teresa, como é que descrevo o intraduzível do que estou a ver?
Como é se repete esta viagem?
viajante: teresa p
testemunhas: teresa s , i francisca
Um mundo do avesso. Pernas para trás, o meu corpo precisa, está frio aqui, quero ficar aqui, já começou, quero desenrolar devagarinho.
Deito-me depois a respirar. Toco a parede do envelope com a minha mão, tento perceber o seu limite.
As mãos ofereço-as a elas, a mim, acima, atiro-as para trás das costas.
Vou para longe, abro os braços, rodo, rodo e paro de braços abertos para perceber onde estou e como é cada lugar. Fico de braçoa abertos como se fosse uma estátua, uma ode ao desejo de expansão, fico nesse equilibrio em meia ponta mas estou forte. Forte no equilibrio e forte no desejo.
De seguida, deito-me e descanso, percebo que o meu corpo está cansado e respeito isso.
Volto para a frente e de braços em V, pelo chão dou-lhes de novo as minhas mãos e elas vêm recebê-las andando até ao pé de mim.
Levanto-me e com o meu andar, desenho infinitos envolvendo as duas, continuo e o meu corpo faz com que o espaço entre nós diminua, até nios tornarmos as 3 nesse infinito que gira sobre si e entre si.
Viajante: i francisca
Testemunhas: Teresas
Escolhemos um lugar aos sol, precisamos de luz e de calor. O calor inspira-te e abraça-te. O sol desenha uma esquadria no chão através da janela e transforma os teus cabelos, dando-lhes um brilho sauave e doce.
Toda tu é suave e doce, mas aqui confiante por partilhares connosco, sem medo nenhum, sem qualquer tipo de altivez.
Recuperavas algo, sim o que eu vi aqui foi uma partilha de uma recordação, de um estado muito teu que tu precisavas de resgatar.
E tinhas razão, esse estado trouxe-te de volta, à força da doçura e da suavidade.
Despes te e eu arrepio-me, está tanto frio aqui. Vais tirando as camadas para te sentires melhor.
Abres te no chão e depois para o espaço com uma energia de braços e tronco rodas, balouças e suspendes.
E voltas ao sol e atreves te a tirar mais camadas e, semi nua aproximas te de nós e deixas me sentir o toque da tua pele e o teu cheiro e, deitas te no colo dela e, os teus pés dão-se às minhas mãos. E, eu sinto-te de novo em casa. E, pronta!
... de interseção
enquanto ... de partida ... ou que dá um .... de partida.
o outro como facilitador.
quando é que as nossas viagens são paralelas?
quando é que abandono a minha viagem para ir na tua?
viajar no meu mundo na presença do outro: exercício de confiança, de amor, de generosidade/dádiva.
Descobertas B, num estado de relação com o outro
Estar comigo mesmo quando estou contigo.
Quando não estás ao pé de mim, não me sinto só ou à parte.
Estar comigo também é estar contigo.
2.
Direito a estar comigo, na tua presença.
Fazê-lo como algo de bom, saudável.
Necessidade de estar comigo, na tua presença.
3. ès
uma testemunha
do meu estado de relação comigo própria.
4.
Ao estares lá,
sustentas-me.
E permites-me,
estar onde eu tenho de estar.
5.Estar
sem interferir,
com a tua
presença.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
PROCURAR BELEZA NO NOSSO MUNDO (ESTOU AQUI PARA TE APOIAR/SUSTENTAR)
Teresa Santos:
As mãos carregam energia sua e do mundo. Elas levam-na. Ela deixa-se ir.
Tocar, dar, transferir, olhar, voar, dobrar, esticar, entrelaçar.
Um todo, movido pela energia universal.
Larga-se e encontra-se. Guarda-se e sustenta-se. Atira-se e protege-se.
As suas mãos são leves.
Teresa Prima:
De si, sai. No espaço enconra espaço. Este é o seu mundo. Oferece-se em estrela e rende-se ao que faz parte de si.
No caminho encontra-nos. Sorri. Percorre infinitamente um caminho entre nós.
A cada passo o vento vai movendo-nos. Aos poucos estamos juntas... somos leves e estamos suspensas em rodopios. Que nem uma folha de papel solo no ar.
O movimento continua e nós conseguimos ver-nos.
Estamos juntas.
Isabel Francisca:
No meu lugar, (sei que pertenço ao sol)... Percebo que não estou só. Danço entre a luz e a sombra. Liberto-me das capas que tenho... Tiro peso de cima de mim. Sinto-me mais leve. Sinto-me aberta para o meu mundo.
Hoje encontrei Beleza no meu mundo, percebendo que enho que me libertar do que pesa e entregar-me à Luz.
Tiro a minha roupa. Desejo sentir os raios de sol na minha pele. Desejo que o branco reflicta. Desejo oferecer esse toque quente ás minhas companheiras. Desejo adormecer leve, ao sol, deiada ao pé delas...
Sentir-me acompanhada... Sentir-me com Deus.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Procurar a beleza no meu mundo
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Agir do coração, dar e receber
Procurar beleza na relação com o outro
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Procuro Beleza através da minha relação com o outro e num estado de relação
Procurei na nossa relação espacial, procurei na procura da outra, procurei... e apenas encontrei quando parei... quando escutei...
Encontro o espaço de observação. A forma como o faço, é me dada pelo que me chega dessa observação.
Quero estar deitada de lado com a cabeça apoiada nas minha mãos, ou com a cabeça ao contrário... As linhas e os pontos regulares tornam-se irregulares... da situação crio as minhas imagens...
Percebo que ocupo um mesmo espaço como observadora. Também faço parte do quadro.
Deparo que danço a 'dança da observadora'. A musica trouxe-me este elemento.
Aos poucos apercebo-me que estou mais perto das minhas... Não sei se fui ter com elas ou se elas vieram ter comigo... Encontramo-nos...
Continuo a observa-las... Não preciso de mais...
Vejo-me pelo meu coração
'Vejo-me pelo coração!, Vejo-me pelo coração' digo a mim própria. O som ressoa no meu corpo silênciosamente.
Sinto o oxigénio a entrar... os pulmões movem-se... pela respiração encontro a abertura que precisava... a cada momento sinto-me mais fresca.
Observo as minhas e sorrio... quero dar-lhes um olhar doce...
A cada inspiração sinto-me mais forte e livre... reuno energia e armazeno-a até sentir-me plena (que saudades já tinha)
Quando me entrego ao espaço, Danço.
Cada vez mais sei que só consigo dançar quando estou neste estado -Estado de Beleza.
O corpo não me oferece resistência... Sinto-me leve... Estou mesmo feliz...
Quando abro os olhos tenho as minhas a cuidar de mim... Sinto-me grata.
Eu procuro a Beleza atraves da minha relação comigo
Olho para dentro de mim e encontro a vontade de respirar e de permanecer.
Gosto da vibração que o toque me trás. Move-me.
Fecho os olhos e o espaço desapareçe.
Só estou eu.
O poder abrir e fechar-me.
Abrir-me para o céu, para a terra e o ar que respiro e fechar-me numa bolinha onde estou quentinha e protegida.
Quando procuro Beleza na relação comigo encontro as pausas, o toque, o abrir e fechar...
Conseguir apreciar com todos os sentidos algo que está a acontecer comigo e aqui
O corpo vibra. Sabe-me bem friccioná-lo lentamente .
Deixo-me envolver por essa sensação de 'ir'. Com o meu ritmo.
Observo as Teresas e consigo saber o que elas sentem com a cabeça apoiada nas mãos...
Quando me levo a apreciar o 'aqui' e o 'eu', o tempo desaparece. As memórias idem.
Estou no presente.
Vivo o toque em mim, nos outros, dos outros em mim e de mim nos outros.
Existe ligação.
O sentido da visão deixa de ser importante, e deixo-me confiar no que o instinto me diz.
Rimo-nos, olhamo-nos... Existe amor!
Brincamos. Fazemos trapalhiçes...
O corpo pára e damo-nos conta que estamos a conversar sobre nós!
Conversamos no mesmo espaço a ver as mesmas coisas...
Estamos conectadas.
Lá vem a música... Lá vamos nós...
Não somos pessoas sérias :)
domingo, 12 de dezembro de 2010
Procurar B através de um estado de relação comigo
Procuro emergir nesse estado de silêncio, onde o único som que ressoa é a minha própria respiração. A respiração é o canal que devo utilizar para realizar esta viagem.
Sinto vontade de me revirar. Gostaria de mergulhar para dentro do meu próprio corpo, para dentro da barriga, para dentro do peito, para dentro. Descanso da procura colocando o olhar em alguma coisa, do lado de fora, no espaço. O exterior amacia o meu olhar e relembra-me que estou aqui e que todas essas viagens dentro, são para trazer para fora, exactamente o quê? quando encontrar, eu digo.
As minhas mãos ligam coisas, ligam-se uma à outra numa espiral infinita............................. .............
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Procura da beleza na relação comigo
Conseguir apreciar com todos os sentidos algo que está a acontecer comigo e aqui
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Encontro B nestes objectos quando:
apelam à relação.
há harmonia na sua forma.
um objecto material poduz outro imaterial, exp. O som.
é simples na sua forma, concepção, material.
Éé organico.
revela criatividade/imaginação.
é manual, sofreu intervenção humana.
revela algo sobre o autor.
tem detalhes.
me interpela e estabelece uma relação directa comigo, exp.através das palavras, som...
eu vejo de ti neles, quando encontro as tuas impressões digitais, as visiveis e as invisiveis.
o objecto que serviu de molde ao teu corpo se torna de seguida do meu.
Me transmite noções ou sensações como: verdade, transparência, genuinidade, sinceridade, amabilidade.
me desafia, me inquieta, interpela com amabilidade, sem imposição.
faz imergir em mim sensações de inocência, suavidade. Quando aviva a minha memória ligada ao período de infância.
é puro, total. Um estado bruto.
é natural ou está ligado á natureza.
tem força, concentrado, intensidade.
me provoca sensações de: amor, pureza,bem estar, reencontro, paz, grandiosidade interna, leveza, proteção.
transmitem “magia”.
no movimento, e por vezes na leveza deste, ou na força deste.
evidenciam a relação luz/cor/brilho.
a ideia que o objecto em si transmite é nobre.
tem equilibrio.
são pouco rebuscados.
uma coisa (um elemento) foi transformada noutra, exp. cana/flauta.
cria imagens em mim, ou alimenta o meu imaginário (exp. atraves da palavra, do som).
tem harmonia na combinação de materiais diversos.
me desperta os sentidos (exp.através dos materiais, formas, padrões).
me transmite um caracter único.
a sua função é poética (exp. folhas de carta).
transmitem harmonia no contraste (exp. de materiais, padrões) ou estes convivem “alegremente”.
me inspira, me eleva ou provoca uma sensação de profundidade. Me reconfortam, apaziguam ou transmitem esperança.
me abraçam.
me fazem estabelecer ligações.
E então eu:
sorrio, respiro fundo, ligo-me, associo, deslumbro-me, sinto-me bem.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Lista B, pela observação dos objectos:
Sinto o momento da sua construção
Contemplo
Vejo um mistério
Reconheço o amor
Reconheço a dádiva
Respeito
Cheiro e sinto as suas memórias
É belo, deixo-o estar tal como está
Sinto-o no corpo e faz-me sorrir e dançar
Encontro personalidade na dança duma bola de sabão
Os nossos olhos cruzam-se, e em silêncio das-me um sorriso, um olhar de tranquilidade e paz e uma palavra: "Consigo sentir-te"
Perco a noção de tempo.
"Estou suspensa num planeta lindo em tons de verde, amarelo e vermelho."
2ª lista b
À procura da beleza nos sonhos 1: as luzes na praia
1ª lista b
domingo, 5 de dezembro de 2010
1 de Dezembro de 2010
Foi quando subimos a um monte de areia que senti as três presentes em unidade. Cada uma vai na sua procura, deixo-me influenciar pelas suas procuras e tenho curiosidade em saber o que as atrai. Observo em meu redor, aqui a presença da vida é muito forte. Uma infinidade de seres habitam este espaço e respiram connosco.
Em busca de equilíbrio
Quatro esteios ao alto sugerem-me um espaço de abrigo aberto ao mundo. Subo a este telhado invisível buscando um equilíbrio que nada tem que ver com a necessidade de sentir-me estável. É uma zona de desconforto em que me sinto confortável, como em qualquer abrigo digno deste nome. Gosto de estar no alto e registo a minha nova perspectiva da Teresa e de mim.
Percepção de um novo mundo
Ver a realidade através do reflexo de um vidro remete-me para o fantástico e o oculto que se manifesta. Como se um novo mundo sempre estivesse estado aí à espera que alguém o fosse procurar e pousar lá o seu olhar para este se manifestar. Este espelho em particular revela-me um mundo com contornos transparentes, que nem por isso deixam de ser reais.
Realização da necessidade de preencher um espaço vazio
Espreito para dentro de uma toca escura e vazia. Sinto um vazio também em mim e começo a enchê-la de folhas, com a esperança e a intenção de preencher também o vazio e os espaços desfragmentados em mim, e assim, ser completa.
Trio: Vídeo 1 from Teresa Santos
Co-existência da vida e da morte
Imagens contrastantes de vida e morte predominam na (nossa) natureza. O que representam as imagens de vida? E as da morte? O que sinto perante a morte de algo que já foi belo? Poderá também residir aí a beleza, em algo que foi e já não é? A vida é feita de processos de transformação.
Observação do número 3
3 bugalhos rolantes, 3 objectos que servindo para o mesmo objectivo e sendo até parecidos estão em estados diferentes, 3 troncos velhos e cansados que repousam.
Como o Sol e as árvores fazem ao chão desta floresta, há sítios e pessoas que também têm o dom de fazer com que me salte à superfície a minha sombra e a minha luz. Sem consciência da minha sombra, nunca poderia trazê-la à luz. Por isso, obrigada.
Encontro um sítio onde sinto mais forte que pertenço. Sinto que este é o momento certo, o tempo e o espaço certos para mim, e confio que aqueles à minha volta estão também a viver os seus momentos certos. Tudo no universo se encaixa e é-nos devolvido o poder de viver completamente.
O sol e o tom verde que se estendem à nossa frente iluminam uma potencialidade infinita de caminhos. Sinto que abençoa esta caminhada que escolhemos fazer juntas em descoberta de nós.
A minha viagem ao país das cores, formas e texturas
Que aventura... Mundos descobertos, seres estranhos, conversas sem sentido...
Uma verdadeira Alice.
As árvores que se abriam para o céu e que quando lá chegavam abriam-se em flores e folhas bailarinas. Cobriam-me... eram os meus chapéus e mantos...
As solitárias e pequenas árvores que eram mais altas que o verde que nascia da terra vermelha, amarela castanha e húmida.
Teresas, um espelho de mim... Eu, mais eu, e mais eu... três eu´s...
O espaço desorganizado com organização. Pela mão do Homem e pela mão da Natureza. O Homem desconhece a ordem da Natureza...
O que é isto? Carros? Mar? Vento...? hum.... não importa.... é o meu som de embalo.
O pinheiro penteado mas que o vento não o deixa assim por muito tempo.
Existem portas... quero abri-las.... E abro-as no meu pensamento... Sinto a corrente de ar a passar pela minha pele de galinha.
Os cogumelos! Uma quantidade deles e com personalidade... Bom os amigos que fiz!
O cogumelo guarda-chuva: tirei-lhe uma fatia sem querer... por momentos fiquei muito triste, mas depois senti o doce, macio, humido e esponjoso que ele era... maravilhoso.
O cogumelinho: Era tão pequeno... e tinha uns pés ainda mais pequenos
O cogumelo casa
A familia cogumelo
O cogumelo flôr
O cogumelo parafuso
O cogumelo perdido
E o grande cogumelo!!! Incrivel... que nem uma flôr do deserto...
A luz que se fez sentir! As sombras... a luz na pele... a contraluz... pés presos a eese lugar porque ali estava quente!
O 'lá' e o 'cá'.
Os botões perfumados.
A folha lago.
As gotas de agua cristal.
A flôr candeeiro que iluminava o local escondido e escuro de onde estava.
As árvores neve, que contrastavam com os castanhos, verdes, vermelhos.
A folha borboleta deitada no chão macio de relva verde.
A mangueira camaleão... Escondida nas folhas da mesma côr.
A incrivel folha modelo que cai mal a fotografo.
E a folha amarela suspensa na arvore neve.
Encontro uma planicie verde... Já sonhei com isto! Lembro de lhe chamar 'a minha floresta'
Estou acompanhada pelas Teresas... Estamos em linha a olhar em frente... Vamos começar!!!
Olho para os meus sapatos e estão ligeiramente sujos... É uma consequência da viagem!
E que bom que é!
sábado, 4 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
1ª Viagem, a três
(estou entre as minhas iguais)
Modivas 1º dezembro, quintal da teresa s.
é tão facil regressar a casa. Ela está em todo o lado, oferece-se a todo o instante com a sua enorme generosidade. Apercebo-me que sinto a sua falta pois só a encontro verdadeiramente, ou mais prolongadamente, quando me dou a este exercício de serenidade e contemplação.
E então acontece, sem esforço nenhum, um grito ou uma gargalhada silenciosa, brota do centro do meu peito numa espiral de expansão, identificando-se com o sol e com a luz.
E torna-se claro, que não é preciso nada, nem ser, nem fazer, nem ter pois na realidade já se é, já se etá a fazer e a ter tudo aquilo de que se precisa.
Reconhecer isto com todos os poros, com todas as células e partículas do ser é reconhecer a Beleza e identificar-se com ela.
A beleza é o alimento da alma e é também a comunhão de todas as almas num júbilo de existir.
E revela-se na luz, na cor, na harmonia da sobreposição da matéria,na transparência, no processo natural, no quase, na eminência, na potência, na serenidade, na mistura harmoniosa do contraste, no todo, na igualdade da diferença, no que a seu tempo se revela, na surpresa no detalhe, na sugestão de uma oásis, no suporte ou na sustentação, no novo e no velho que se sustentam mutuamente, na diferença da semelhança, no acaso, na sugestão de um outro imaginário na realidade visivel, no contraste da verticalidade com a horizontalidade, na revelação do processo da vida, na renovação, do novo a nascer do velho e do velho a abraçar o novo, na individualidade que se integra no todo, no que se vê através, no movimento de convergência e divergência, no círculo, no que principa e acaba...
...é, uma voz que fala comigo quando sereno...
domingo, 19 de setembro de 2010
Projecto B no Centro Cultural Vila Flor
Entre 20 e 25 de Setembro o Projecto B estará no CCVF, realizando o "Atelier de Pesquisa Coreográfica Projecto B" dirigido a não profissionais do espectáculo, o Atelier de Dança Criativa "Onde se esconde a beleza?" dirigido a crianças do 1º Ciclo e será apresentado o solo criado no seu âmbito: "na terra a olhar o céu".
Fica aqui o convite!
Abraço B
Teresa
sábado, 7 de agosto de 2010
Testemunho B, Paulo Duarte
Estima-se que a população mundial situa-se nos 6,7 mil milhões de pessoas (e nem vou para as que já existiram antes deste tempo presente). Apesar de crenças e descrenças, é difícil dizer o como exacto da criação... do espaço, da terra, dos animais, das plantas, do Universo, das pessoas... da pessoa: de mim que escrevo, de ti que lês.
Há uma vontade, em sentimento e em vivência, de buscar a essência de algo que nos caracteriza em profundidade. Afinal a terra não é morta, mas viva. Ligações, connections, diálogos, encontros... Silêncio, gritos, passos a dar e a desenvolver... em caminho, com o(s) outro(s), pelo(s) outro(s), para o(s) outro(s)!
E somos cerca de 6,7 mil milhões... Talvez nessa busca a Teresa, ou eu próprio nesse projecto que também faz parte de mim, não cruzará com cada uma destas pessoas. No entanto, avançamos em direcção à profundidade das coisas, da realidade, do que nos rodeia. Como que no desejo de que cada pessoa repare na mudança de cor que ocorre ao longo dia na rua, na avenida, na praça, no jardim, que vê todos os dias... No desejo ainda, e sobretudo, de reparar que cada pessoa é um desafio, por ser ela própria um Universo em criação, em expansão, em descoberta.
E na ligação entre o céu e a terra, poderemos maiusculizar, entre o Céu e a Terra, ganha-se o pudor e respeito, mesmo que caracterizado de old-fashioned, e assim, com humildade – que vem de húmus, terra –, seguimos em busca de algo sagrado: Beleza!
Sem grandes rodeios definitórios, apenas vivenciais... Como que o penetrar na terra fértil, ficando com o sorriso. Então, a terra somos nós, regados pela chuva, saindo aquele cheiro característico que diz: “Está pronta!”.
Pronta para dar o que recebeu...
Testemunho B, Isabel Costa
B! Deixei-me encantar... Descobri uma parte de mim, que nunca soube escutar... Foi maravilhoso!
'sente o teu corpo e deixa-o falar...' que incrivel a magia que tomou conta de mim... percebi onde a tristeza me afectava... percebi o quão gasto estava o meu corpo e a minha alma após 5 anos de imposição de movimento... Estava a descobrir uma liberdade! Essa sensação que sempre procurei... mas que não sabia o que era...
'E se...' 'e se...' que perguntas bonitas eram propostas... que descobertas...
Não foi só um atelier coreografico, foi um momento onde foram criaradas amizades muito fortes e um ensinamento de vida... Sensibilidade... Viver... Ser...Dançar e criar... A arte é uma forma de viver... não se pode separar... temos que ser honestos e simples... tanto na vida como na arte...
Intitulei o meu projecto final do atelier de 'Meu projecto B’... Um projecto que ainda continua em mim...
Não acredito no acaso. Tudo o que nos acontece na vida têm um propósito.
Encontrei-me com o ‘Projecto B’ por uma razão muito especial... Encontrei o motivo que me faltava... A minha vida e as minhas relações, deram uma volta...
Depois de encontrarmos o inicio do fio B, só temos que continua-lo, a ver onde nos leva...
Em 2010 sou convidada para assistente de ensaios no solo da Teresa... 'Na terra a olhar o céu'... um convite para assistir a uma viagem B...
Estar na terra a olhar o céu, é onde a dança surge... dum auscultar... Estar 'aqui' olhar para 'lá' e render-me!
“Toco-me. Sinto-me...
Transfiro-me energia...
Encontro as posições que melhor me fazem sentir e que melhor me fazem estar...
A minha energia comanda o meu corpo. Do meu toque surge a dança...
As minhas mãos carregam energia universal...
Amor...
O meu corpo dança porque as minhas mãos assim o dizem...
O chackra do coração vibra... Páro para respirar... Abro-me ao céu...
Sento-me para passar as mãos pelo meu corpo...
Estou carregada de amor...
O meu corpo dança...”
domingo, 30 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Sinopse
O Projecto B, em desenvolvimento desde Janeiro de 2009, é um projecto de pesquisa, experimentação, sensibilização e criação coreográfica cuja força motriz é a procura da beleza, “lugar em comum” entre os seus intervenientes.
Propositadamente estendido no tempo, envolve ateliers, conversas e outras actividades que visam estabelecer uma relação de partilha, troca e enriquecimento mútuo.
Interessando-se, pois, pela visão, planos e estratégias que cada um pode criar para que a procura B possa ter lugar, ele será, por fim, um álbum, uma colecção dos processos, experiências e vivências de todos aqueles que, permanente ou temporariamente, dele fizeram parte.
O Projecto B não pretende definir o que é a beleza, mas gostaria de contribuir para relembrar a sua importância: relembrar e despertar são parte dos seus objectivos. Despertar para quê? Para o âmago – de mim, de ti (de nós) e de todas as coisas. Procurar, no fundo, a essência: perceber o que acontece no ser quando se procura este contacto e o que pode ser criado a partir dessa experiência.
“na terra a olhar o céu” é o primeiro de dois objectos coreográficos a serem criados no âmbito do projecto.
“A procura b tem-me levado a investir em mim de forma mais cuidada e carinhosa. Tem-me possibilitado conhecer novas pessoas e organizar novos eventos. Tem-me feito viver outras dinâmicas de relação que poderiam ser representadas
com o símbolo <------>. Tem-me deixado perceber que, apesar das diferenças, também existem semelhanças e lugares universais. Tem-me trazido diferentes encontros e tem-me revelado que cada um deles tem algo para me dar, cabendo-me a mim descobrir onde se encontra essa dádiva. Tem-me permitido dar, receber e devolver.
Sorrio com o percurso realizado.
Identifico no mapa o país b e admiro como tem vindo a criar a sua própria geografia.
Este projecto é
sobre todos aqueles que comigo
arriscaram aventurar-se
e acreditar numa ideia –
uma ideia que se calhar não serve para coisa nenhuma
mas que nos move.”
Teresa Prima
Agradeço a todos aqueles que procuraram comigo.
Dedico o Projecto B ao Sri Aurobindo e à The Mother.
Ficha Artística
Colaborador artístico – António Lago
Desenho de luz – Diana Pimenta
Assistência de ensaios – Isabel Costa
Assistência de produção - Olga Almeida
Figurinos – Manuela Ferraz
Design: José Pelicano
Gestao de Projecto- PI- Produções Independentes
Agradecimentos: Paulo Duarte sj, Maria Lemos, Serafim Prima, Arte e Simplicidade, Rui
Rodrigues, Eurobotânica e a todos os convidados do Ciclo de Conversas com pessoas sentadas em círculo.
Colaborações: Adishakti Laboratory of Performing Arts, Teatro Maria Matos, D´Space
Projecto financiado por - Ministério da Cultura/ Direcção Geral da Artes (2010)
Co-Produção- Núcleo de Experimentação Coreográfica, Balleteatro, Centro Cultural Vila FlôrProjecto criado no âmbito do “Serviço Permanente”/NEC
quinta-feira, 13 de maio de 2010
13.05.2010 - Analises
Estou deitada de lado... Fecho os olhos e sorrio... Dou umas gargalhadas silenciosas...
Deixo-me deitar de peito para o céu...
Fecho os olhos e respiro... Sorrio...
Olho para o lado... e abro a minha mão.
Sento-me. Levanto-me. Olho o céu e rendo-me...
Danço com os meus braços a luz que recebo...
Abro-me a ela...
Toco a minha terra...
Falamos...
Falo...
Sinto-me...
Encontro a minha terra...
Por entre montes e vales construo a minha paisagem...
Por entre montes e vales caminho...
Do topo dos montes retiro a terra e ligo-os entre si...
Abraço-a... envolvo-me...
II – 'Na minha planicie encontro o meu descanço' (2º corrido)
Estou aqui, ouço gaivotas lá ao longe...
Cantam para mim... Ouço-os treparem o tecto.
Fecho os olhos... o vento sopra forte... sorrio... toco o meu chão... sinto a sua vibração... o meu corpo deixa-se deitar...
Abro-me para o céu. Abro-me para ti...
Convido-te.. Sento-me... Olho o meu céu...
Levanto-me e rendo-me.
Dou-me... toco no meu chão... falo-lhe... fala-me... sinto-o... sente-me... amo-o... cura-me... danço...
Páro e deixo-me descançar...
O vento espalha a minha terra, transformando a minha paisagem em montes e vales...
Dos montes construo caminhos...
Dos montes construo planicies...
Dos montes construo outros montes...
Passeio... Na minha planicie encontro o meu descanço...
12.05.2010 - Analises
Estou aqui... Estou tão bem...
…
O ar entra-me para o peito e sinto-me fresca...
Respiro...
Estou em paz...
…
…
…
Entrego-me ao céu e à terra...
…
Olho para a luz, sorrio...
Ela ilumina o coração...
O meu braço move-se lentamente porque a alma assim o diz...
A minha mão torna-se uma porta energética... Ela recebe da terra e dá ao corpo.
Abro o peito para o céu... Entrego-me...
…
…
…
Ouço a terra com as minhas mãos...
Trocamos energias...
Curamo-nos...
Entrego-me à terra...
Cuido dela e ela cuida de mim...
Abraçamo-nos... Dança-mos...
Trago a mim um pouco da sua energia.
Danço tocando nos chakras...
Revitalizo-me...
O céu fala... Escuto... Rendo-me...
coronário, cardiaco, pelxo solar, oelhos, sacro
II – 'Eu, o céu, a terra' (Sequencia 3)
Deito-me de lado... A luz aquece-me... Estou tão bem... Vejo borboletas a voarem... Conecto-me com a terra. Deito-me e entrego-te o meu corpo.
Acaricio o meu chão e a minha luz. A minha mão dança e a minha alma sorri. Trago essse amor a mim. Deito-me sobre a minha terra. Abro o meu peito ao céu. Estou rendida...
Troco energias com a minha terra.
Equilibro as energias em mim...
Danço-as e o céu está lá...
Rendo-me...
III – 'Sou amor... Sou menina... Sou mulher... Sou plena' (Sequência 5)
Deito-me de lado...
…
…
Respiro...
Saboreio...
Deito-me com o peito para o céu...
hum...
olho a luz e recebo-a...
Sento-me...
Levanto-me...
Olho o céu e rendo-me...
A minha mão acaricia o meu rosto e o meu peito... Entrego amor ao céu... O céu entrega-me energia... distribuo-a pelo meu corpo... Entrego o meu corpo à terra... Sou um ponto de ligação... Sou uma fonte de energia...
Curo...
Curo-me...
Sou amor...
Sou menina...
Sou mulher...
Sou plena...
10.05.2010 - Analises
Chego. Respiro. Deito-me. Deixo-me estar. Viro-me para o lado e trago os joelhos para o peito. Fico. Viro-me de barriga para baixo. Fecho os olhos. Estico os meus braços ao longo do chão...
Sabe-me bem...
Arrasto-me e páro.Viro-me para o outro lado...
Inspiro e deito-me para cima.
Levanto-me ligeiramente e deito-me de barriga para baixo. Dou o meu corpo ao chão. Viro-me de lado e apoio a cabeça na mão esquerda...
Deixo-me cair para trás e no movimento encontro um embrião.
Rendo-me ao chão...
Sento-me. Observo o ceu...
Volto a deitar-me..Trago o corpo para os joelhos. Num subir, sento-me de joelhos...
Respiro e rendo-me ao chão...
Sento-me e olho o céu...
Caio, rendo-me, subo e caio...
Rendo-me, ajoelho-me sento e caio...
Rendo-me...
Olho o ceu nos meus intervalos...
II – 'De onde surge a dança...' (literalmente auscuto-me)
Toco-me. Sinto-me...
Transfiro-me energia...
Encontro as posições que melhor me fazem sentir e que melhor me fazem estar...
A minha energia comanda o meu corpo. Do meu toque surge a dança...
As minhas mãos carregam energia universal...
Amor...
O meu corpo dança porque as minhas mãos assim o dizem...
O chackra do coração vibra... Páro para respirar... Abro-me ao céu...
Sento-me para passar as mãos pelo meu corpo...
Estou carregada de amor...
O meu corpo dança...
III – 'Dou, recebo, permito' (Deitada de lado + entrego-te agora algo a ti)
Deitada a observar a luz, sorrio...
Fecho os olhos...
Aos poucos o corpo fala por si...
A luz entra pelo chacra frontal, vai para o laringeo, para o cardiaco, e daí os meus braços movem-se...
O chackras básico e coronário estão alinhados...
A minha mão é o unico contacto directo que tenho e que preciso com o mundo fisico.
Quando abro os olhos estou deitada de barriga para cima mas continuo a focar a luz...
As minhas mãos são as unicas que falam e precisam de falar...
Todo o meu corpo está alinhado...
Ajoelho-me. Encontro-me de mãos abertas para o meu Universo... o nosso...
Recolho essa energia que me alimenta. Do coração dou e para o coração recebo... Os braços falam...
O corpo começa a ganhar vontade propria.
Estou aqui... Aberta... receptiva...
07.05.2010 - Analises
Coloco-me no centro.
Abro-me ao espaço.
Dou-me ao espaço.
Danço nessa minha abertura.
Observo e dou-me a observar.
Agradeço o meu espaço.
Danço no chão que me faz sentir livre.
Espero... Sento-me... e recebo-o...
Os meus braços ficam tomados pelo coração...
Aos poucos tudo vai entrando em mim... Abro-me para ter espaço... Recolho amor...
Distribuo-o por todos os meus membros.
Dos meus sacos, solto a terra em cinco diagonais... o espaço transforma-se em montes e vales...
Cá de trás atiro cinco pedrinhas para lá...
Caminho por entre eles... uno com terra os montes... para que haja caminhos entre eles...
Sento-me nos seus intervalos... Entrego o meu corpo a esta terra-mãe... Lavo-me com ela...
Caminho de olhos fechados sobre ela... Procuro a terra para me orientar...
Fico em paz quando a encontro...
II – 'Sou mãe, amor, vida...'
Sento-me de joelhos.
Olho a luz...
Olho em frente...
Olho com amor...
Pouso as mãos no chão..
Sinto-o, olho-as, uso-as para me esticar...
Deitada em embrião sabe-me bem mover os braços à minha volta sempre em contacto com o chão.
As minhas mãos como ponto de apoio.
Volto a ajoelhar-me para meditar...
Pego num saco e decido despejar a terra toda num monte.
Pego num segundo e despejo em cima do primeiro.
Pego num terçeiro e despejo em cima do primeiro e do segundo...
Pego num quarto, num quinto, e despejo o quinto em cima do primeiro, segundo e terçeiro.
Pego no quarto e delicadamente despejo à volta do primeiro, segundo, terçeiro e quinto.
Volto a colocar os sacos no seu lugar...
Arregaço as calças, preparo-me e enfio o meu pé e perna direita mesmo no centro alto do monte. Enfio logo de seguida a esquerda, mexo os meus dedinhos dos pés e um pouco das articulações que me dão prazer no saborear deste monte de terra humida...
Aos poucos vai ficando uma cratera, que o meu corpo mole constroi...
Expando o monte para vários montes e depois para uma planicie... A minha cama... … …
Acordo. Ajoelho-me no centro e cubro-me de terra...
Eu sou uma extensão da terra...
Terra que desapareçe por entre as pernas quando as abro...
Mãe que gera...
Dadora de vida, porque é vida...